Verão da lata: os bastidores da história que marcou o país

Até hoje você pode encontrar pessoas no litoral carioca ou paulista que alegam ter fumado um “da lata”. Se você nunca entendeu essa referência, senta que lá vem a história! Hoje, o blog Da Mata vai te contar tudo sobre o marcante e brisado verão de 87. Uma dica: fique até o final para ver os produtinhos especiais que separamos para você levar um pouco dessa loucura para casa!

A história

Essa jornada começa no verão brasileiro de 1987, em que um barco com o nome de Solana Star e seus sete tripulantes chegaram no Rio de Janeiro. Ah, e 22 toneladas de maconha prensada também! Sim, os cinco americanos, o haitiano e o costarriquenho a bordo estavam numa ‘viagem’ para trazer essa mercadoria para cá.

Apesar de carregar a bandeira do Panamá, a embarcação tinha saído da Austrália – mas as loucuras não param por aí. Esse carregamento todo de maconha estava armazenado em 15 mil latinhas! Daquelas de leite em pó mesmo, sabe? Pode até parecer uma tática engenhosa, mas os traficantes não contavam que o Drug Enforcement Administration já sabia de tudo.

O órgão norte americano de combate a narcóticos estava investigando a operação e já tinha deixado a polícia brasileira em alerta bem antes. Não deu outra: a Marinha pegou a embarcação de guerra mais moderna que tinha, a fragata Independência, e começou as buscas. Mas estavam nessa há 5 dias e nada…

Até que emergiu, nas águas de Maricá, a primeira latinha recheada de maconha. É claro! Ao perceber que a polícia estava na sua cola, os traficantes jogaram a droga toda no mar – o que teria dado certo, se a densidade das latinhas fosse só um pouquinho maior que a da água.

embarcação solana star

Contudo, mesmo enquanto o esquema ia por água abaixo, o grupo do Solana Solar já tinha chegado no Porto do Rio e passado pela alfândega com tranquilidade. Afinal de contas, não tinham nenhum corpo (ou latinha) no porão a essa altura. Foi só alegar que estavam com problemas nos motores auxiliares que eles conseguiram se hospedar em Copacabana.

Depois de dois dias, 6 dos 7 tripulantes conseguiram escapar para os EUA pelo aeroporto do Galeão. Foi só o cozinheiro Stephen Skelton que ficou para trás: em sua defesa, ele disse às autoridades que não sabia da carga e sequer tinha problemas financeiros – só tinha embarcado porque gostava de viajar.

Mas isso não impediu Skelton de receber a sentença de culpado e pegar 20 anos de cadeia. Ele acabou ficando preso por apenas 1 ano, porque os investigadores não conseguiram comprovar que a droga era dele e a quantidade que sobrou no navio não era suficiente para entrar nas leis de tráfego internacional.

Se ele é culpado ou não, nós nunca saberemos: a verdade está guardada com o cozinheiro, que nunca gostou de relembrar a história por conta da sua condenação supostamente injusta e os abusos que sofreu na prisão por ser um “gringo rico”. E aí, o que você acha?

É importante considerar que, na década de 80, o Brasil ainda estava passando por uma ditadura militar. Isso quer dizer que qualquer associação com a maconha era estritamente proibida e as punições muito severas. Por conta desse caráter absolutista e agressivo, as condenações da época podem não ter sido tão corretas e coerentes com os ideais brasileiros de democracia.

A repercussão

Durante a história toda, apostamos que você ficou se perguntando o que aconteceu com todas aquelas latinhas abandonadas, né? A da Mata conhece bem os seus leitores! Bom, apesar da história ter alguns aspectos tristes, o desfecho que a população brasileira foi bem alegre.

Não precisamos falar que os brasileiros correram para recuperar 15 mil latas recheadas de prensado, até porque a polícia só apreendeu menos de 3 mil unidades. Como elas se espalharam por todo o litoral carioca e paulista, alcançando até o extremo do Rio Grande do Sul, essa foi uma tarefa bem difícil.

verão da lata

Ou seja, foi um verão bem tranquilo e cheio de risadas para os moradores desses estados. Essa história, que mais parece uma lenda urbana, não acabou em 1987 não. A chegada do prensado revolucionou a forma com que nós consumíamos a verdinha por aqui, sabia?

Antes, só tínhamos uma versão de baixíssima qualidade, lotada de impurezas. O prensado parece que desceu do Solana Star em um cavalo alado para nos apresentar essa nova forma de fumar maconhas melhores sem gastar tanto. É por conta desse impacto revolucionário que até hoje você pode encontrar pessoas comentando sobre a tal “da lata”!

Acessórios para celebrar essa história

Se você leu até aqui e ficou com um gostinho de quero mais, nós preparamos um catálogo incrível na loja da Mata para você levar um pedacinho dessa história para casa. Os nossos esconderijos para cigarro de latinhas, por exemplo, são itens que carregam essa referência de uma forma icônica.

Explore toda a nossa seção de acessórios para encontrar mais opções imperdíveis para quem amou a história do verão da lata!

5/5 - (1 vote)
Autor: Michael da Mata Conheça o maior blog de headshop e tabacaria do Brasil, dicas e conteúdos exclusivos sobre fumos, sedas, viagens e acessórios para você relaxar!
Anterior

Melhor maneira de armazenar haxixe: tudo o que você precisa saber

O guia completo sobre terpeno: o que é, para que serve e como usar

Próximo

Visite a loja da Tabacaria da Mata!

Deixe um comentário