Se você é fã daquela verdinha, precisa estar atento ao perigo dos canabinoides sintéticos. Ao contrário dos canabinoides naturais, como o CBD e o THC, que são extraídos diretamente da planta, os sintéticos são substâncias criadas em laboratório que imitam os efeitos da planta no organismo.
Essas substâncias têm ganhado espaço no mercado ilegal, mas podem causar danos sérios à saúde. Quer saber mais sobre esse sintético, características e até possíveis danos que ele pode causar? Continue lendo!
O que são os canabinoides sintéticos?
Os canabinoides sintéticos são substâncias criadas em laboratório para imitar os efeitos do THC no cérebro. Embora o objetivo seja simular a mesma sensação de euforia e relaxamento, a verdade é que são quimicamente diferentes. Eles agem sobre os mesmos receptores, porém com uma potência muito maior e completamente imprevisível.
O funcionamento dos canabinoides sintéticos pode ser descrito como uma “imitação barata” do que o THC natural faz. No entanto, ao contrário do THC, que possui um perfil químico equilibrado, os sintéticos exageram a ativação dos receptores CB1 no cérebro, resultando em efeitos adversos.
Entre eles, estão crises de ansiedade, alucinações, convulsões e até mesmo surtos psicóticos, muito pior do que uma bad trip. Esses compostos também não passam por qualquer tipo de controle de qualidade, tornando-os ainda mais perigosos para o consumidor.
Ou seja, o efeito é muito mais intenso e perigoso do que um cigarrinho feito da planta, é como brincar com fogo: uma experiência que parece inofensiva para quem já conhece a Cannabis, mas que pode rapidamente se transformar em uma emergência médica.
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Características químicas e composição dos canabinoides sintéticos
Os canabinoides sintéticos são fabricados a partir de modificações químicas deliberadas. Essas mudanças são feitas para fugir da fiscalização, e é aí que mora o perigo. A cada nova proibição de uma fórmula específica, os fabricantes alteram rapidamente a estrutura molecular para criar uma substância semelhante, mas que não está listada como ilegal.
Essa constante alteração faz com que cada nova versão seja um “experimento” em potencial, o consumidor nunca sabe o que está ingerindo de verdade. Quanto mais complexa a estrutura química, mais difícil é para o corpo metabolizar essas substâncias, aumentando os riscos de intoxicação e outras reações adversas graves, tornando até uma redução de danos em algo ainda mais difícil.
Quais são os principais riscos à saúde?
Os riscos dos canabinoides sintéticos para a saúde são bem preocupantes. O mais comum entre os usuários é o surgimento de sangramentos graves e danos neurológicos. Em 2018, nos Estados Unidos, mais de 110 pessoas foram hospitalizadas com sangramentos sérios após o uso de um canabinoide sintético contaminado. Além disso, convulsões, perda de consciência, ataques de pânico e até insuficiência renal são alguns dos riscos documentados em casos de intoxicação.
E não para por aí! Muitos desses compostos podem desencadear danos neurológicos permanentes, alterando o funcionamento normal do cérebro. Em alguns casos, até a morte foi relatada. Ou seja, o impacto pode resultar em complicações de saúde severas. Mesmo entre usuários que consomem produtos naturais regularmente, os canabinoides sintéticos apresentam um risco muito maior devido à sua imprevisibilidade e toxicidade.
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O desafio da fiscalização e do controle
O grande problema na luta contra os canabinoides sintéticos é a velocidade com que as fórmulas são alteradas. Como já falei acima, a cada nova proibição, surgem compostos ligeiramente diferentes que escapam da fiscalização. Essa constante mudança dificulta o trabalho dos órgãos reguladores e das autoridades de saúde, que precisam identificar e controlar uma quantidade sempre crescente de novas substâncias no mercado.
Outro grande problema é que, enquanto os produtos naturais de cannabis que chegam a ser vendidos passam por regulamentações e testes rigorosos, dificultando seu acesso, os sintéticos são fabricados e vendidos na surdina com uma liberação muito maior. Isso coloca o consumidor em um risco, já que não há garantias sobre o que está sendo ingerido.
Sem canabinoide sintético: é seguro usar cannabis no Brasil?
Agora que você sabe que o canabinol sintético é um perigo que você não vai querer cruzar, a alternativa é ficar na erva natural mesmo, apesar de que, no Brasil, o uso de cannabis ainda enfrenta diversas barreiras legais.
No entanto, o cenário tem mudado, não só no campo medicinal. Desde 2015, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitiu a importação de produtos à base de cannabis, como o óleo de canabidiol, para tratar doenças como epilepsia, dores crônicas e esclerose múltipla, ou até outros aspectos da saúde, desde que com prescrição médica. Você pode conferir mais acessando o Dispensário da Mata.
Já o uso recreativo, por outro lado, continua passando por processos e análises e permanece é ilegal, o que pode levar a penalidades, como advertências ou serviços comunitários. Por isso, é essencial estar bem informado sobre as leis.
Por fim, saiba que não vale a pena se aventurar por esse caminho sintético. Se você está em busca de relaxamento, diversão ou alívio, sempre opte pelos produtos naturais, que são comprovadamente mais seguros e trazem benefícios sem colocar sua saúde em risco.
Aqui no Blog da Tabacaria da Mata, valorizamos a escolha consciente e responsável, por isso, fazemos conteúdos para que você possa desfrutar dos melhores benefícios sem comprometer sua segurança. Continue navegando pelo nosso blog e leia esse post sensacional sobre os principais mitos e verdades sobre o CBD.