A Marcha da Maconha acontece em diversas cidades do país. A próxima, sediada em São Paulo, é no dia 1º de junho! Mas você sabe mesmo o que é esse evento e o que os participantes buscam?
A primeira Marcha da Maconha do Brasil aconteceu em 2002, no Rio de Janeiro, e reuniu cerca de 800 pessoas. A manifestação é em prol da liberação da cannabis para uso recreativo e medicinal.
Para os participantes, a proibição da maconha leva à violência e à criminalização especialmente de negros e pobres. Além disso, o tráfico de drogas é a principal causa de encarceramento das mulheres brasileiras — 90% delas estão presas por esse motivo, seja por grandes quantidades ou para consumo próprio.
Esse ano, o tema da Marcha da Maconha de São Paulo é Para o Povo Vivo e Livre. Então, aproveite o embalo e saiba mais sobre a manifestação!
1. A Marcha da Maconha lutou para se espalhar pelo país
A primeira marcha foi em 2002, mas a identidade do movimento foi criada apenas em 2007, quando a manifestação tornou-se mais organizada. Em 2008, houve uma tentativa de levá-la para 12 capitais. Porém, o movimento foi enxergado como “criminoso” pela justiça por fazer “apologia às drogas”.
Esse cenário opressor permaneceu até 2011, quando, durante uma manifestação em São Paulo, a polícia agiu de forma violenta contra os participantes. Isso fez com que o Supremo Tribunal Federal (STF) tivesse que decidir sobre a natureza da Marcha da Maconha. Foi declarado que manifestações do tipo são retratos da liberdade de expressão, e não apologia ao crime.
Dali para a frente, a Marcha da Maconha espalhou-se pelo Brasil e, hoje, acontece em mais de 40 cidades.
2. As manifestações acontecem no mundo todo
A primeira marcha pela descriminalização da maconha de que se tem notícia aconteceu em 1994. O nome padrão do evento é Global Marijuana March, mas muitas cidades e países adotam nomes próprios.
Até 2012, havia um total de 65 países participantes, incluindo África do Sul, Austrália, Canadá, Cabo Verde, Chile, Estados Unidos, Equador, Filipinas, França, Holanda, Itália, Jamaica, Japão, Lituânia, México, Rússia, Turquia, Uruguai, Vietnã e muitos outros!
3. A Marcha da Maconha é um espaço para todos e todas
Buscando de verdade a liberdade do povo brasileiro, a Marcha da Maconha é um espaço que recebe todos e todas. Enquanto os participantes protestam a favor da liberação da cannabis, não há espaço para machismo, homofobia, transfobia, racismo e nenhuma outra forma de ódio e de discriminação.
4. A marcha busca avançar as pesquisas científicas sobre cannabis
A descriminalização da maconha impactaria positivamente muitas comunidades que sofrem diretamente com a violência resultante do tráfico, especialmente pelas mãos da própria polícia.
Mas outra bandeira muito importante levantada pelos participantes da Marcha da Maconha é a importância da liberação da cannabis para uso medicinal. Ela tem benefícios mais do que comprovados para pessoas com câncer, fibromialgia, Alzheimer, epilepsia, distúrbios alimentares e muito mais.
Assim, a Marcha da Maconha luta para que mais dessas pessoas possam aliviar sintomas como dores e enjoos e aumentar a qualidade de vida com a cannabis, que é natural e poderia ser amplamente acessível. Em vez de gastar dinheiro público com a “guerra ao tráfico”, que tal investi-lo em desenvolvimento científico e gerar novas oportunidades de movimentar legalmente a economia do Brasil?
A Marcha da Maconha alcança cada vez mais pessoas e lugares, mas ainda há muito a ser conquistado. Então, não deixe de se juntar à manifestação e de lutar por nosso direito à liberdade, à saúde e à vida.
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