Nos últimos anos, a cannabis medicinal tem ganhado cada vez mais destaque como uma opção terapêutica para problemas de saúde, incluindo o tratamento do câncer. Nesse sentido, a erva se mostra promissora, atuando na melhora de sintomas como náuseas, dor e perda de apetite, além da promoção de bem-estar geral.
Pensando nisso, a Tabacaria da Mata preparou este conteúdo informativo sobre a relação da maconha com tratamentos oncológicos. Vamos discutir as principais evidências científicas e outras informações importantes sobre o assunto. Continue rolando a tela e confira!
Como a maconha ajuda no tratamento de câncer?
A maconha pode auxiliar no tratamento do câncer ao oferecer alívio significativo e redução da dor associada a tratamentos agressivos, como a quimioterapia e a radioterapia. Além de controlar os efeitos colaterais dessas terapias, a verdinha ainda pode ajudar a controlar náuseas, melhorar o apetite e reduzir a ansiedade¹.
Compostos da planta, como o CBD e o THC, encontrados em óleos de canabidiol, pomadas e medicamentos, são apenas algumas das formas eficazes de utilização da cannabis para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A eficácia da cannabis está relacionada ao sistema endocanabinóide (SEC), que ajuda a manter o equilíbrio do corpo. Os principais responsáveis pelos efeitos da cannabis são os receptores chamados CB1 e CB2, encontrados no nosso corpo e também na planta de cannabis².
O que dizem os especialistas?
Em vez de apenas especulações, vamos dar uma olhada no que os profissionais de saúde estão dizendo sobre como a cannabis pode ajudar no tratamento do câncer:
Em uma entrevista para o portal Drauzio Varella, a doutora Fernanda Bono Fukushima, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) disse o seguinte:
“Hoje em dia, já sabemos e temos diversas evidências clínicas de que o uso de cannabis no tratamento oncológico ajuda a controlar sintomas como náuseas, vômitos, ansiedade e tensão muscular, melhorando muito a qualidade de vida, a adesão, e a própria relação com a dor durante o tratamento”.
Além dessa entrevista, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), também já se pronunciou sobre o assunto. Em nota, a agência regulamentadora indica que não é contra o uso para fins medicinais:
No que se refere ao uso, no Brasil, de medicamentos à base de substâncias presentes na Cannabis, a Anvisa não tem qualquer oposição, desde que seu registro seja aprovado pela Agência, mediante dados que comprovem sua segurança e eficácia.
A aprovação depende da apresentação de dados que comprovem a segurança e eficácia do medicamento. Em resumo, a Anvisa apoia o uso de medicamentos canabinoides, contanto que cumpram os requisitos regulamentares necessários para garantir sua qualidade e segurança.
Existem efeitos colaterais com cannabis em tratamentos para câncer?
Sim, a utilização de cannabis no tratamento do câncer pode ter efeitos colaterais, assim como qualquer outra forma de tratamento. Embora muitos pacientes relatam benefícios, é importante estar ciente dos possíveis efeitos adversos, mesmo que deles possam ser imperceptíveis para alguns pacientes.
Dentre os mais comuns, destacam-se:
- Olhos vermelhos;
- Boca seca;
- Batimento cardíaco acelerado;
- Sonolência;
- Entre outros.
É importante destacar que esses possíveis efeitos adversos são leves em comparação a outros tratamentos, principalmente àqueles que utilizam medicamentos como opiáceos, por exemplo³.
Que tipos de medicamentos à base de cannabis são usados?
Existem vários tipos de medicamentos e produtos à base de maconha que podem ser utilizados no tratamento de câncer, como o óleo de canabidiol. Obviamente, é sempre importante consultar um profissional de saúde para determinar a opção mais adequada para cada situação. Tendo isso em vista, conheça a seguir os medicamentos e produtos mais usados:
- Óleos e tinturas: são uma das maneiras mais comuns de consumir a cannabis para fins medicinais. Os óleos de CBD, por exemplo, são geralmente usados por via sublingual ou misturados em bebidas e alimentos;
- Capsulas e comprimidos: apresenta doses mais controladas de substâncias da cannabis. São geralmente usadas para tratar e aliviar dores, inflamações e outras condições de maneira mais controlada e duradoura;
- Comestíveis: alimentos ou bebidas que apresentam extratos de cannabis em sua composição. Podem ser usados para reduzir dores, diminuir a ansiedade e falta de apetite, por exemplo;
- Pomadas e cremes: são aplicados diretamente na pele. Podem ajudar a dar mais alívio para dores musculares e articulares, além de condições de pele como eczema e psoríase.
O câncer é uma doença invasiva que altera a qualidade de vida daqueles que precisam conviver com a doença. Associar a maconha e tratamento de câncer é uma forma de tornar esse desagradável momento mais humano. Como vimos, a planta medicinal ameniza a dor e traz conforto, ajudando aqueles que precisam enfrentar a doença.
Esperamos que o conteúdo de hoje sobre a relação entre a maconha e câncer tenha te ajudado a entender mais sobre o assunto. Continue ampliando seu conhecimento aqui no blog da Tabacaria da Mata e descubra como usar o CBD para dormir pode ser efetivo em pacientes que sofrem com insônia. Confira!
Até a próxima!
Referências
- Cannabis é futuro do tratamento da dor no câncer, dizem especialistas | Metrópoles. Disponível em: <https://www.metropoles.com/saude/cannabis-e-futuro-dor-cancer>. Acesso em: 2 ago. 2024.¹
- ALMEIDA JUNIOR, S. et al. UTILIZAÇÃO DA CANNABIS SATIVA L NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO. Práticas Integrativas e Complementares: visão holística e multidisciplinar – Volume 2, p. 193–202, 2022.²
- NATIONAL CANCER INSTITUTE. Cannabis and Cannabinoids. Disponível em: <https://www.cancer.gov/about-cancer/treatment/cam/patient/cannabis-pdq>.³