Algumas questões frequentes entre usuários, pesquisadores e críticos da erva são em relação a seus efeitos para a nossa saúde. Uma dúvida que ganha cada vez mais atenção é se a maconha emagrece.
Isso porque essa pergunta é muito mais complexa do que parece e não dá para ser respondida com um simples “sim” ou “não”. O processo de perda e ganho de peso, em si, já é bastante complexo, juntado ao que se sabe sobre os componentes da cannabis, temos um caminho longo a percorrer.
Mesmo com pesquisas realizadas e um certo conhecimento bioquímico sobre a planta, ainda é difícil afirmar que ela auxilia no emagrecimento ou que se trata de um agente ativo na obesidade.
Por isso, a Tabacaria Da Mata trouxe para vocês um compilado de informações sobre o assunto, para que fique claro, de uma vez por todas, tudo que está envolvido nessa pergunta. Vamos lá!
Ela não é um fator de obesidade – nem de emagrecimento
Como já se sabe, a maconha tem sido há muito estudada pela indústria farmacêutica como tratamento para diferentes doenças. Ligada a soluções para dores crônicas, esquizofrenia e até depressão, além de outros problemas, a maconha é muito associada ao nosso peso.
Isso porque em países onde não é legalizada, como no Brasil, a erva é entendida pela maioria das pessoas como outras drogas super pesadas, como crack e heroína. E aí, as pessoas acham que ela tem o mesmo efeito de emagrecimento que elas.
Por isso os pesquisadores também têm se dedicado a entender quais os efeitos dela no nosso organismo e como ela auxilia no ganho ou na perda de calorias.
Uma pesquisa publicada, em 2019, pelo International Journal of Epidemiology, analisou a relação entre o uso da cannabis e o aumento do índice de massa corporal (IMC), com cerca de 33 mil norte americanos.
Esse estudo mostrou que o número de pessoas que consumiam a erva regularmente e apresentavam obesidade é menor do que entre as que não fumavam. Ou seja, o consumo frequente da maconha não está diretamente relacionado ao ganho de peso.
Mas isso quer dizer que fumar a verdinha emagrece? Não necessariamente. Quem já provou sabe que um dos efeitos imediatos é a famosa larica. Aquela fome gigantesca que surge mesmo se não estiver com o estômago vazio.
E você sabe por que a maconha dá fome? A gente explica
Como tudo no nosso corpo é químico, a fome não seria diferente. Há um hormônio, a leptina, que controla os níveis de canabinóides no cérebro – são eles que dão a sensação de barriga vazia.
Porém, essa substância também pode ser encontrada na maconha. Assim, quando você a consome, o efeito de fome é inevitável. Isso porque, quando damos um tapa, a maconha acaba interferindo no trabalho da leptina como reguladora da fome.
Esse efeito pode ser bem positivo. Muitos médicos indicam o consumo de maconha a pacientes que passam por tratamentos intensos, como a quimioterapia, que diminuem o apetite. A erva ajuda a regular a fome e evitar déficits alimentares.
Então, sim, a maconha aumenta o apetite. Mas você só vai engordar se comer, né? Claro que outros fatores influenciam no ganho de massa, mas o principal, de uma forma geral, é comer mais do que você gasta de calorias.
Por isso vale a pena pensar em como você pode não ceder à larica que vem junto com aquela brisa que tanto curte. Se você evitar comer depois de fumar, fica bem mais difícil de engordar por conta disso, afinal, não estará comendo desnecessariamente.
Se consumir certinho, todo mundo se diverte
Como a gente sabe que não é fácil controlar desejos como os da fome, aqui vai uma dica: não exagera. Quanto mais você fumar, mais vezes vai passar pela larica e, consequentemente, vai ter que lidar com as suas lombrigas mais vezes.
E, fala sério, ninguém é de ferro. Assim, as chances de você ceder à pressão do canabinóides da maconha mexendo com o seu cérebro são muito maiores e passam a ser mais frequentes também.
Por isso a gente indica um consumo consciente e regulado. Assim você aproveita o que a maconha tem de bom e evita um sobrepeso que pode comprometer a sua saúde.
Se não quiser deixar de ceder aos prazeres das laricas, opte, o máximo que puder, por alimentos saudáveis e crie um equilíbrio com as outras refeições do dia. Lembre-se também de que você precisa gastar essa energia, principalmente tudo que estiver em excesso.
Vez ou outra, vale a pena agradar o monstro que surge na sua barriga
Não vamos ser nós que vamos impor dietas ou restringir alimentos para você – esse é o papel de um nutricionista (muito importante, por sinal). Mas a Da Mata entende que a nossa saúde também tem muito a ver com o nosso bem estar mental e a hora da larica pode interferir super nisso.
E ficar sem comer algo que dá vontade, mesmo que não seja super saudável, pode ser pior do que comer uma besteira. Por isso, de vez em quando, permita-se o prazer das junk foods. Se joga num salgadinho, bolacha, com refri ou uma cerveja trincando. Saboreie!
Agora que você já sabe que é o seu consumo da erva que vai interferir no ganho ou não de peso, fica mais tranquilo acender seu verdinho, não é? Se quiser ter acesso a mais conteúdos como esse, fique de olho nas nossas redes sociais e até o próximo post!