Sabe aquele café preto, forte, para acordar de manhã focado e produtivo? A sativa mais forte que a gente conhece para obter esse efeito é a Durban Poison. Ela dá aquele up de energia, acorda, tira a “névoa” mental e traz clareza e produtividade. Além disso, a Poison te enche com uma euforia emocional carregada de sentimentos positivos que vão garantir um sorriso no teu rosto o dia todo — legal, né?
Aqui, você vai saber o que é a Durban Poison, qual a brisa, qual o sabor, preço, como cultivar e como funciona o uso medicinal da planta no Brasil. Vamos descobrir tudo sobre essa florzinha?
Isqueiros para o alto, fogo na bomba e boa leitura galera!
O que é a Durban Poison?
A Durban Poison é uma planta Cannabis Sativa que foi genéticamente cruzada, muito resiliente à pragas e de fácil cultivo. Assim como outras plantas sativas, a Durban Poison tem estatura alta, entre 2 a 3 metros no outdoor. Já no indoor, quando cultivada com podas para a manutenção do tamanho, ela fica em média com 1,5 metro de altura.
A planta é esguia, não forma um arbusto muito denso, com bastante espaço entre os galhos. Seu tronco principal é firme e segura bem os galhos. Uma curiosidade é que ela possui poucas folhas, bem diferente das Indicas, geralmente mais fechadas.
A Durban, geralmente, flore buds grandes e arredondadas, mais sólidas e firminhas do que a maioria das sativas, cheias de tricomas resinados cristalinos.
Qual a brisa da Durban Poison? Como usar?
A brisa dela é bastante mental, trazendo lucidez e criatividade. Não é uma strain indicada para você que quer dormir no sofá, assistindo alguma besteira, como a Indica purple kush, mas sim para quem busca estar bem acordado e cheio de energia, para trabalhar, escrever, pintar, fazer coisas produtivas, que demandam foco.
A Durban é conhecida pelas altas porcentagens de THC, variando entre 25% até 25,5%, porcentagem adequada para adeptos mais experientes, já que pode causar sensação de ansiedade em usuários de primeira viagem.
Por ser uma sativa que te deixa bem acordado, a venenosa é uma boa para atividades ao ar livre que precisam de energia como correr, andar de bike, visitar ambientes de natureza, tomar um banho de cachoeira, socializar e ter conversas inteligentes, com gente interessante.
A verdinha também conta com o THCv, um canabinoide conhecido pelos efeitos com aquela euforia gostosa, porém de duração mais curta e sem causar larica. Mas como contém THC também, o aumento do apetite acontece no uso da Durban sim, e é inclusive uma das indicações para seu uso medicinal. Então bora falar sobre culinária!
Qual o sabor da Durban Poison? É boa para cozinhar?
Seu sabor é parecido com o anis-estrelado, o sabor da famosa jujuba azul. Por ser uma strain sativa, a Poison é uma boa pedida para fazer aquela manteiga cannábica e usar em brownies, bolos, e brigadeiros ou, até mesmo, em molhos para pratos mais elaborados.
Quando falamos sobre fumaça, as buds tem um aroma adocicado e levemente apimentado com notas de pinheiro e terrosas, nada muito forte, pelo contrário, é leve e sutil. Os terpenos presentes na planta que causam esses sabores e aromas são:
Ah, e cuidado na hora de comer, pois a strain tem porcentagem alta de THC e, quando consumida em excesso, pode te deixar ansioso e paranoico. Caso você queira desfrutar de um bom prato de edibles com uma strain doce, mas sem risco de ansiedade, prefira a Gelato Strain.
A Durban é doce, mas e o preço, é salgado? Vem conferir!
Qual o preço da Durban Poison no mercado? Como funciona no Brasil?
Em geral, na gringa, a gente encontra a venenosa com um preço médio entre U$D 7,00 a U$D 10,00 por grama, o que dá por volta de uns R$ 50,00 a grama.
Já no Brasil, discutir o custo das buds ou mudas pode ser desafiador devido à complexidade do processo burocrático necessário para o uso medicinal. Isso envolve uma consulta com um médico especializado em medicina canábica e a obtenção de uma receita específica. Em território nacional, o preço de juices e sementes varia ente R$ 150,00 e R$ 199,00.
Para comprar maconha de forma legal aqui no Brasil é necessário realizar uma solicitação de importação junto à Anvisa, apresentando a documentação adequada. A autorização para o uso medicinal da Durban dependerá das recomendações do seu médico e das diretrizes estabelecidas pela Anvisa. Já que a compra é complicada, vale pensar no cultivo da planta.
Como é o cultivo da Durban Poison? Indoor versus outdoor!
Para cultivar a Poison, o processo não é dos mais complicados :a planta requer pouca manutenção, é bastante resiliente a pragas e doenças e se dá bem no outdoor com temperaturas quentes e secas.
Como precisa ser o solo para o cultivo dessa verdinha?
O solo do cultivo deve ser seco, de fácil drenagem e bastante enriquecido com nutrientes, matéria orgânica, adubo e fertilizantes próprios para o cultivo. O ideal é a combinação de terra orgânica, perlita para a drenagem e vermiculita para manter uma umidade saudável.
O pH do solo deve ser mantido aproximadamente em 6,5. Isso é essencial para garantir que as plantas possam absorver todos os nutrientes necessários.
Qual é a iluminação adequada para indoor e outdoor?
As nossas recomendações são:
- Cultivo outdoor: Durban Poison, sendo uma strain sativa, se adapta bem a climas quentes e ensolarados. Em ambientes externos, ela precisa de pelo menos 6 a 8 horas de luz solar direta por dia.
- Cultivo indoor: em ambientes internos, utilize lâmpadas de alta intensidade, como lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão (HPS) ou lâmpadas de LED de espectro completo. Mantenha as lâmpadas a uma distância adequada das plantas para evitar queimaduras e promover um crescimento uniforme. O ciclo deve ser 12 horas de luz e 12 horas de escuridão.
Como é a poda a Durban Poison? É possível treinar a planta?
Para fazer a manutenção da nossa amiga “venenosa”, o ideal é intercalar dois tipos de poda ao longo do crescimento da planta:
- Poda de formação: é necessário remover folhas grandes e galhos inferiores durante a fase vegetativa para melhorar a circulação de ar e permitir que mais luz alcance as partes inferiores da planta;
- Poda de desfolhação: durante a floração, você pode remover algumas folhas que sombreiam as buds para permitir que as partes inferiores recebam mais luz e nutrientes.
Técnicas de treinamento são bem-vindas para “domar” o tamanho dessa strain e estimular o crescimento em partes específicas da planta:
- LST (Low Stress Training): consiste em curvar os galhos para espalhar a planta. Isso pode ajudar a maximizar a cobertura da luz e a produção de buds;
- Topping: cortar o topo da planta pode estimular o crescimento de ramificações laterais, aumentando o rendimento final.
Tempo da fase vegetativa e floração da Durban Poison
A fase vegetativa pode durar de 30 a 60 dias, dependendo das condições e do tamanho desejado da planta. A Poison pode crescer bastante durante essa fase, então é importante considerar o espaço disponível, principalmente no outdoor. Já a fase de floração dura geralmente de 60 a 70 dias. A Durban tende a ter um período de floração relativamente curto para uma strain sativa, o que é uma vantagem.
Como é o controle de temperatura e umidade para o cultivo?
Caso você esteja fazendo o cultivo indoor da Durban Poison, o ideal é ter um controle preciso das condições onde a planta estará inserida:
- Temperatura: as temperaturas ideais são aproximadamente 25°C durante o dia e um pouco mais baixa à noite. Evite temperaturas extremas que possam estressar a planta.
- Umidade: durante a fase vegetativa, a umidade relativa deve estar em aproximadamente 55%. Na fase de floração, reduza a umidade para 45% para prevenir o mofo e a podridão.
Uso medicinal e para quais sintomas é indicada a Durban Poison
A energia e euforia que a Durban proporciona a fazem ser uma boa escolha para alívio dos sintomas da depressão crônica ou profunda. Porém, é necessário ter atenção ao fato de que a alta porcentagem de THC dessa strain pode aumentar sintomas de ansiedade se ela já for presente em alguns pacientes. Então, para quem tem ansiedade, é melhor fazer o uso da Cannabis Ruderalis.
O percentual alto de THC também é considerado um poderoso anti-inflamatório para dores crônicas e inflamações. Muitos pacientes relatam melhoras em casos de enxaqueca, artrite e dores neuropáticas ao fazerem uso dessa strain.
Além disso, o THC presente na Durban Poison é um ótimo estimulador de apetite, além de diminuir a náusea. Para pacientes de câncer e quimio ou radioterapias é um excelente recurso.
Qual a história da Durban Poison?
“Durban” é o nome de uma cidade na África do Sul, conhecida por belas praias e clima tropical. Durban é a terra mãe da estrela da vez aqui na Da Mata, a Durban Poison strain.
Já o termo “poison” vem do inglês e significa veneno, mas não se assuste: nossa amiga, carinhosamente conhecida como “venenosa”, é uma strain perfeitamente segura para o consumo. Ela te joga para cima, é perfeita para atividades ao ar livre e também para aquele foco extra no trampo.
A Poison é parte da cultura da África do Sul, cultivada por povos indígenas desde o século XIV (14). A strain é de origem natural, sem modificações genéticas ou cruzamentos com intervenção humana.
A história da venenosa no ocidente começa nos anos 70: diz a lenda que o ativista Ed Rosenthal descobriu a planta em uma viagem para África do Sul e trouxe sementes da Durban Poison para os EUA.
Já nos states, Ed compartilhou algumas sementes com Mel Frank, uma cultivadora que refinou a espécie por meio de cruzamentos seletivos. O objetivo era desenvolver uma planta que florescesse nas estações de flora mais curtas da Europa e no norte mais frio dos EUA, mas mantendo as características que fazem dessa planta uma strain tão especial, como a porcentagem de THC e os terpenos.
Agora que você já sabe tudo sobre a nossa querida erva “venenosa”, vem conhecer a Orange Kush, a saborosa laranjinha!
Boa leitura e boa brisa!